Encontro vai discutir estratégias para aumentar o número de doação de órgãos
O evento irá reunir representantes das Centrais de Transplantes de Alagoas, Bahia e Sergipe
Sesau
A falta de informação ainda é a principal responsável pelas barreiras relacionadas ao transplante no Brasil. A conscientização das famílias é apontada por especialistas como o melhor caminho para aumentar as doações de múltiplos órgãos no País. Em Alagoas, essa realidade se deixa expressar por uma lista de 59 pessoas aguardando um transplante de córnea e 342 esperando pela doação de rins.
Por essa razão, a Secretaria de Estado de Alagoas (Sesau) realiza na sexta-feira (6) o II Encontro das Centrais de Transplantes de Alagoas, Bahia e Sergipe. O evento, que irá ocorrer no Maceió Mar Hotel, a partir das 8h, tem o objetivo de traçar estratégias para aumentar o índice de doações e de procedimentos.
O encontro vai contar com palestra da presidente da Associação Brasileira de Transplantes e coordenadora da Central de Transplantes do Ceará, Ana Paula Baptista, onde, atualmente, existe maior número de doadores em relação à região Nordeste. “São estados vizinhos que se articulam, trocam informações sobre banco de órgãos e necessidades”, destacou a coordenadora da Central de Transplante de Alagoas, Kelly Karina Brandão.
Por Lei, todos os hospitais, públicos e privados, devem notificar o diagnóstico por morte encefálica. No último semestre, foram identificados seis óbitos por morte cerebral, três tiveram o diagnóstico notificado e um era doador, mas os exames não autorizaram o transplante. Essa é uma das dificuldades apontadas pela coordenadora da Central de Transplantes de Alagoas, Kelly Karina. Isso porque, o paciente em óbito só pode ser doador de rim se for diagnosticado com morte encefálica.
Nesse caso, o coração continua pulsando, os órgãos continuam recebendo oxigênio, por meio de aparelhos, e se mantém preservados para a doação. Do contrário, ele e os demais órgãos ficam impossibilitados para o procedimento.
“Se não houver a notificação, nós não temos como abordar às famílias e, por isso, é importante esse empenho dos profissionais de saúde e das direções dos hospitais”, observou Kelly, informando que as córneas e a medula óssea ainda podem ser doadas mesmo quando o coração perde a pulsação.
A Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOT) é responsável pela abordagem às famílias. A Lei estabelece que essa comissão deve ser formada pela direção de cada hospital por, no mínimo, três profissionais de saúde com nível superior, sendo um médico. Em Alagoas, atualmente, só existe uma CIHDOT, instalada no Hospital Geral do Estado (HGE), que é composta por seis profissionais, entre médicos, enfermeiros, psicólogos e assistentes sociais.
A coordenadora explica, ainda, que a implantação da CIHDOT é mais uma batalha a ser vencida na história do transplante no País e depende da iniciativa dos hospitais, públicos ou privados. Quando existe o trabalho da comissão o resultado no aumento de doadores é considerável”, disse Kelly.
Ela acrescentou que, desde 2008, quando foi implantada CIHDOT no HGE, o tempo de espera para transplante de córnea foi reduzido de sete anos para seis meses. Nesse semestre, o HGE realizou 35 transplantes de córnea e 16 de rins. “A diminuição do tempo de espera foi devido a um trabalho articulado da comissão que conseguiu convencer às famílias dos doadores, através de informações quanto ao procedimento”, disse a coordenadora.
Segundo ela, é função da comissão articular-se com os profissionais de saúde, encarregados do diagnóstico de morte encefálica e manutenção de potenciais doadores, assim como garantir a adequada entrevista familiar. Qualquer pessoa pode ser doadora, tendo apenas que informar aos familiares esse desejo. “Familiares de até segundo grau informam a decisão da pessoa falecida. Por isso, é importante que as pessoas expressem essa vontade aos seus entes”, explica a coordenadora.
Por essa razão, a Secretaria de Estado de Alagoas (Sesau) realiza na sexta-feira (6) o II Encontro das Centrais de Transplantes de Alagoas, Bahia e Sergipe. O evento, que irá ocorrer no Maceió Mar Hotel, a partir das 8h, tem o objetivo de traçar estratégias para aumentar o índice de doações e de procedimentos.
O encontro vai contar com palestra da presidente da Associação Brasileira de Transplantes e coordenadora da Central de Transplantes do Ceará, Ana Paula Baptista, onde, atualmente, existe maior número de doadores em relação à região Nordeste. “São estados vizinhos que se articulam, trocam informações sobre banco de órgãos e necessidades”, destacou a coordenadora da Central de Transplante de Alagoas, Kelly Karina Brandão.
Por Lei, todos os hospitais, públicos e privados, devem notificar o diagnóstico por morte encefálica. No último semestre, foram identificados seis óbitos por morte cerebral, três tiveram o diagnóstico notificado e um era doador, mas os exames não autorizaram o transplante. Essa é uma das dificuldades apontadas pela coordenadora da Central de Transplantes de Alagoas, Kelly Karina. Isso porque, o paciente em óbito só pode ser doador de rim se for diagnosticado com morte encefálica.
Nesse caso, o coração continua pulsando, os órgãos continuam recebendo oxigênio, por meio de aparelhos, e se mantém preservados para a doação. Do contrário, ele e os demais órgãos ficam impossibilitados para o procedimento.
“Se não houver a notificação, nós não temos como abordar às famílias e, por isso, é importante esse empenho dos profissionais de saúde e das direções dos hospitais”, observou Kelly, informando que as córneas e a medula óssea ainda podem ser doadas mesmo quando o coração perde a pulsação.
A Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOT) é responsável pela abordagem às famílias. A Lei estabelece que essa comissão deve ser formada pela direção de cada hospital por, no mínimo, três profissionais de saúde com nível superior, sendo um médico. Em Alagoas, atualmente, só existe uma CIHDOT, instalada no Hospital Geral do Estado (HGE), que é composta por seis profissionais, entre médicos, enfermeiros, psicólogos e assistentes sociais.
A coordenadora explica, ainda, que a implantação da CIHDOT é mais uma batalha a ser vencida na história do transplante no País e depende da iniciativa dos hospitais, públicos ou privados. Quando existe o trabalho da comissão o resultado no aumento de doadores é considerável”, disse Kelly.
Ela acrescentou que, desde 2008, quando foi implantada CIHDOT no HGE, o tempo de espera para transplante de córnea foi reduzido de sete anos para seis meses. Nesse semestre, o HGE realizou 35 transplantes de córnea e 16 de rins. “A diminuição do tempo de espera foi devido a um trabalho articulado da comissão que conseguiu convencer às famílias dos doadores, através de informações quanto ao procedimento”, disse a coordenadora.
Segundo ela, é função da comissão articular-se com os profissionais de saúde, encarregados do diagnóstico de morte encefálica e manutenção de potenciais doadores, assim como garantir a adequada entrevista familiar. Qualquer pessoa pode ser doadora, tendo apenas que informar aos familiares esse desejo. “Familiares de até segundo grau informam a decisão da pessoa falecida. Por isso, é importante que as pessoas expressem essa vontade aos seus entes”, explica a coordenadora.
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